sábado, 30 de junho de 2012

Cinco perguntas que criança não bebe



1) Adianta jurar de pé junto e continuar de mãos atadas?
2) Pra cada valete de espada tem mesmo uma dama de ouro?
3) O que é mais redundante do que perder o que nunca se teve?
4) Se a vingança é um prato que se come frio, onde colocar os panos quentes?
5) Depois de olhar a cobra e ver que é mentira, será que dá pra se garantir pelo menos na barraca do beijo?

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Free shop



Quer sair bem na foto, factoide?

Compra uma polaroid

E vê se não froid

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Gineceu



Não importa quem deu o pontapé inicial

Em via de mão dupla

Quem tem  culpa

Leva multa




Cinco perguntas ao vento




1) É ecológico reutilizar ex-amantes?

2) Pode não querer tchu? Nem tcha?

3) Quanto tempo ainda vai levar pra esperança se aposentar?

4) Será que no departamento de bullying tem cota para pais ausentes?

5) Já deu pra entender que a economia nunca será tão verde quanto o dinheiro?

terça-feira, 19 de junho de 2012

C'est la vie




Keep walking (at least)

Stop if it's too fast

But don't be ashamed

To run away

If it's the only thing

That lasts

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Flying horses



Quase tudo que vale

Ou vira lenda

É no freestyle

Que se inventa


domingo, 17 de junho de 2012

Rio + 20 sacar



Se a cópula é dos povos

O kiss há de fazer?

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Interruptores



Pra transformar o amargo em doce
Só ligando
O foda-se

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Conteúdo adulto




Quando se está pra jogo

(E fervendo)

Até gol de mão

Tá valendo

terça-feira, 12 de junho de 2012

Aquarius




Peixe grande

Em tanque pequeno

Isso sim é obsceno

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Prestidigita-me




Dedos grossos

Lendo em braile

Assim

Tenho um troço

Digo sim

quarta-feira, 6 de junho de 2012

There is a light that never goes out (pro aniversário de cinco anos do Clube da Leitura)




Foi só uma paixão como tantas outras que Anabela já tinha vivido. Quer dizer, como tantas outras, não, que dessa vez, o rapaz em questão tinha uma pegada leve e uma conversa ao mesmo tempo bem-humorada e profunda, ingredientes mais eficazes pra se amarrar uma pessoa do que o clássico oferecimento de café coado na calcinha, prática muito comum e pouco assumida, recentemente inclusive evocada numa das canções de Gaby Amarantos, a Beyoncé do Pará. 

O mais curioso nessa história é que Anabela achava que o cara tava ligadinho na dela, mas caiu no conto do facebook e esqueceu que quem curte demais o que você diz não necessariamente está a fim de compartilhar nada. Pelo menos não contigo, o que era precisamente o caso, pois, numa viagem, a princípio temporária, o moçoilo tratou de arrumar outra e de informar a Anabela, também por facebook, que tinha, enfim, encontrado uma menina especial com quem passaria a dividir a vida, afinal, já estava na hora dele aprender a dar valor às coisas a dois. O que pareceu também estar bem claro no belo discurso de valorização das coisas do coração é que o mesmo parecia ignorar que Anabela, além de ser uma menina bastante especial, poderia (quem sabe) ficar entristecida ao ouvir, mesmo que sob a capa de um subtexto, que não teve a menor importância pro mancebo em questão. Claro que essas coisas não se escolhem nem se controlam, mas um pouco de tato talvez tivesse sido bacana. Claro também que, diante de tamanho balde de água fria, sua resposta foi seca, já que a única opção era virar-se de costas praquele cenário afetivamente árido. Bonita e interessante, voltou pra pista de onde, especificamente nesse caso, não deveria ter saído. 

Por conta da forma abrupta como tudo aconteceu, Anabela volta e meia ainda se lembrava do rapaz e se questionava sobre o que poderia ter feito para mantê-lo por perto (como se isso fosse possível). Mas, aguerrida que era, toda vez que lhe batia esse vento sul na alma, ela pegava os resíduos de tanta tristeza (que mais pareciam restos de mel em garrafas de aguardente) e os usava como matéria-prima para sua arte, afinal, de que adianta se afogar na culpa por estar sentindo falta de quem não te valorizou? Melhor é transformar tudo em outra coisa, que, no caso de Anabela, ganhou toques sui generis: ela pegou o conhecimento adquirido na escola de belas artes e passou a fazer pênis de chocolate pra vender em sex shops. Seu diferencial era justamente fazê-los em tamanhos, espessuras e cores variadas. Seu preciosismo era tanto, que alguns tinham até veias de leite condensado, estabelecendo metáforas para lá de animadas. Acontece que, leitinho vai, leitinho vem, nesse meio termo, mais precisamente entre um membro e outro, ela conheceu um novo rapaz, que não a fez imediatamente passar a dar mais valor às coisas a dois, mas que tinha, no DNA, algo além da beleza, que homem bonito demais é legal, mas dá um trabalho danado. 

O fato foi que Anabela soube transformar o limão que a vida lhe oferecera em limonada e, com isso, alguma coisa em sua forma de olhar as coisas mudou, afinal, até pra gostosas de plantão como ela, é sempre bom saber diferenciar quem te vê somente como uma alcatra de quem, apesar de saber que sua carne é de primeira, não te trata como segunda (nem décima quinta) opção.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Cinco verdades mais pra esquecidas (ou sorry, reality is mean)




1) Se fazer de idiota ainda é a melhor saída em muitos casos.

2) O Greenpeace é importantíssimo, mas o dinheiro ainda é mais verde.

3) Os bivolts sempre terão cem por cento de aproveitamento na pista, deal with that.

4) Diferentemente dos peixes, filho (sobrinho ou cunhado) de celebridade, celebridade não é.

5) Quem quer falar do amor que sente, fala. Pode até usar metáforas, mas não vira prisioneiro delas. 

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Cinco falas geneticamente modificadas




1) Devagar se vai longe (do prazo).

2) Quando se tem muita sede, pouco importa o pote.

3) Os monocromáticos que me desculpem, mas miscigenação é fundamental.

4) De grão em grão a galinha enche o papo (de hormônio).

5) Água mole em pedra dura parece que não tem cura.

domingo, 3 de junho de 2012

Cinco saias justas e curtas (ou na dúvida o melhor é abafar o caso)




1) Se deparar, na hora do vamo ver, com um pendrive, ao invés dum HD.

2) Brincar de gato e rato com a saudade sem fazer disso alarde.

3) Esbarrar na saída do motel com o marido de uma amiga.

4) Ver da janela do busun o gatinho do trabalho limpando o salão no carro ao lado.

5) Antes de tocar a campainha de um colega, perceber que ele está ouvindo ‘Rosas’ da Ana Carolina aos berros.

sábado, 2 de junho de 2012

Da série piadinhas internas não movem moinhos (setor cinema) ou quem sabe de mim sou eu




-Se você não é meu pai, minha mãe, nem Mario Peixoto, não venha me dar limite.