terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sid and Nancy



O

Amor

Com

Essa

Coisa

De

Dar

Rasteira

Parece

Até

Que

Joga

Capoeira

domingo, 26 de agosto de 2012

Mirror man



O amor respira por aparelhos

E Narciso só no espelho

sábado, 25 de agosto de 2012

Gil coffee break



Andar com a fé eu vou

Café não costuma falhar



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Cinco constatações de TPM



1) Os homens são as novas mulheres.

2) Filósofos buscam o clitóris do assunto.

3) Rodrigo Maia precisa de um hairstylist.

4) A culpa fica na cozinha (americana) da alma.

5) Cidade maravilhosa com prefeito Paespalho não dá.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Boca de urna (pro Clube da Leitura)




‘Só quero entender o que você sente por mim’, era a frase que saltava das pálpebras cansadas de Fernanda e imediatamente se dependurava nos ouvidos viciados em elogios de Jaime, homem com quem há um ano se relacionava.

O problema não era a falta de entendimento de Fernanda, nem os ouvidos viciados de Jaime, mas, sim, a falta de entendimento de Jaime sobre o que ele mesmo sentia. Não é tão fácil assim encontrar algo que não se procurava e ter de lidar com expectativas femininas que se agravavam a cada TPM.

Por conta disso, numa tarde nublada de agosto, depois de horas e horas de sexo, Jaime, como quem pede desculpas a si mesmo, diz: ‘Não tenta me entender, me decora que é melhor’.

Ao ouvir isso, Fernanda, que desde os tempos de escola nunca foi boa em decorar fórmulas, datas nem capitais dos estados, ressecou. Como assim, ‘não tenta me entender, me decora que é melhor?’ Logo com ela ele tinha de vir com esse papo? De que adianta decorar, se decoreba só serve pra passar de ano e não tem aplicação na vida? Será que com esse lance de decorar ele não estava dizendo, de forma subliminar, que ele era apenas uma matéria eletiva e não um aprendizado pra posteridade?

Se Jaime estava achando ruim a pergunta inicial, imagina agora, quando, de uma hora pra outra, foi soterrado por pontos de interrogação e ressecamentos das mais diversas ordens.

‘Melhor seria se fôssemos animais desprovidos de linguagem, de polegar opositor e de ressaca moral’, ele pensou, sem, naturalmente, dizer.

Até mesmo porque isso era assunto para um outro dia.

Ou para uma outra mulher, que aquela, àquela altura, precisava de mais do que respostas para aplacar suas muitas dúvidas.

Precisava de algo para calar-lhe as entranhas.

E foi isso que Jaime fez, apelou pras linguagens não-verbais e apostou no potencial das pontas de seus dedos.

Assim, retomada a umidade inicial, pelo menos uma resposta estava a salvo: quem decora, de forma subliminar, também elege.

E quem elege, mesmo que não entenda, alguma coisa sente.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Whisky!



Não me venha com esse papo

De esqueci de passar o pente

Quem posa, consente

terça-feira, 14 de agosto de 2012

(De) generation




Com o tempo

Filipeta virou flyer

Empada, quiche

Amor, fetiche

Num momento

Ferro é chapinha

Desejo, quimera

Babosa, Aloe Vera

O bom é ficar atento

Pra não virar palavra ao vento

Nem gente que só diz ‘quem me dera’

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Flor de laranja na Bienal do Livro



Pessoal, estou no páreo pra participar de uma mesa com o Fabrício Carpinejar na Bienal do Livro.
O vídeo mais votado tem vaga garantida.
Ajudem a flor de laranja a estar lá!
É só clicar nesse link, assistir ao vídeo de 2 minutos, se cadastrar (rapidinho) e votar.
http://www.mostrasescdeartes.org.br/bienaldolivro/index.php?area=escritores&id=37

Conto com vocês!