quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Romanticuzinho 136



Com essa saudade de segunda a quinta

De casado

Você dá pinta

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Romanticuzinho 135



Perto de ti sou lousa sem giz

Parágrafo aberto pros teus ardis


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Romanticuzinho 134



Ei, você, fiscal da foda alheia

Qual é o pente que te penteia?


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Romanticuzinho 133



Tanta verve

Pra que mesmo serve?

domingo, 27 de outubro de 2013

Romanticuzinho 132



Metonímia é tua parte dizendo sim

Body art

Dentro de mim

sábado, 26 de outubro de 2013

Romanticuzinho 131



Quem nunca deu na escada

Não sabe o que é roupa errada

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Romanticuzinho 130



Beijo é substantivo abstrato

Você, sujeito novato

Temos um trato

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Romanticuzinho 129



O pai (do gostoso) daquele ogro

Nasceu pra ser meu sogro

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Romanticuzinho 128



O que você ainda não sabe

É que a minha ausência

Arde mais que wasabi

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Romanticuzinho 127



Difícil

É teu olhar

De míssil

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Romanticuzinho 126



Futuro

É ir comigo

Para além do seu umbigo

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Romanticuzinho 125



Falta chão e coisas são ditas em vão?

Liga não

Amor é construção

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Indiscrição geográfica 9



Pedra do Leme fim de tarde

É pra dar pinta

Sem alarde

domingo, 13 de outubro de 2013

Romanticuzinho 124



Para com esse pranto

É só um pentelho branco

sábado, 12 de outubro de 2013

Romanticuzinho 123



Nem Sodoma nem Gomorra

É a gangorra

A ante-sala

Da porra


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Romanticuzinho 122



A política ecológica

Vale pra boceta

Quem recicla bofe

Faz bem pro planeta

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Politicuzinho 2



Lógica: connecting people

domingo, 6 de outubro de 2013

Carta aberta às solteiras



Hoje minha crônica vai pras amigas que estão se sentindo encalhadas. Em primeiro lugar, que adjetivozinho de merda esse. Encalhadas ficam as pobres das baleias quando chegam muito perto da praia e, por não conseguirem se deslocar, têm uma lenta e dolorosa morte, pois seu próprio peso esmigalha os órgãos internos. Isso não pode ter a ver com a gente. Não é uma boa analogia. Portanto, tenta não repetir mais essa expressão, nem que seja em solidariedade ao destino trágico de nossas irmãs cetáceas. Partindo dessa premissa, vamos aos fatos. O que explica um monte de gente legal que tá a fim de se relacionar permanecer só? A resposta é simples e ao mesmo tempo complexa. É que muitas das vezes, impulsionadas pelas revistas de moda e pelas comédias românticas, olhamos de uma forma única prum fenômeno múltiplo. Lemos sinais de PARE onde há apenas placas de VÁ DEVAGAR. Cá pra nós, atire a primeira pedra quem nunca julgou finalizado algo que estava em construção pela mais pura impossibilidade de deixar a vida fluir como um rio? Homens bons não faltam, minha gente. Eles estão por aí, recém separados, solteiros, curiosos. Sempre dispostos a ficar de pau duro com algo que você diz com os olhos, com a boca ou com a boceta. Eles estão atentos a quem os deixa livres para se prender. Porque achar que ninguém quer se relacionar é balela. E achar que tem alguma coisa que você possa fazer pra ter determinada pessoa perto é a extensão mais cruel dessa balela. Não há nada que você possa fazer quando não há nada a fazer. Tesão acontece porque acontece. Cismas infantis enchem o saco, não só dos homens, mas das suas amigas que, pobrezinhas, têm de aturar você obcecada por um cara que não é pra ser seu, ou por não querer nada com compromisso, ou por ser um babaca, ou por simplesmente ter descurtido você. Mas a vida vai além do cara com quem você cismou. Digo e repito: os homens bons não acabaram, eles estão de olho nas mulheres que se preocupam mais em não se preocupar se eles estão a notar o tamanho de suas bundas. Observam também se você os faz rir, não de piadas repetidas, mas de coisas velhas contadas de um jeito novo.  Depois, quando já te penetraram com a alegria de seus falos, querem saber se você fica tranquila andando nua pela casa, se você gosta da sua vida, do seu trabalho, da sua família e se, mesmo tendo sido a mais piranha durante horas no tatame do amor, você sabe ficar séria e dizer que precisa ir embora. Sim, ir embora é uma arte. Nada pode marcar mais um território do que aquela que sabe ir, deixando pra trás uma fala, um olhar ou uma chupada. Quem fica com o cheiro da sua boceta no nariz quer ter um tempo pra bater aquela punheta sozinho lembrando  tudo que rolou. É a lembrança que gera aquela falta gostosa do corpo do outro. É ela que vai fazer as coisas rolarem (ou não). É preciso ter calma, vibrador, uma boa série baixada no torrent e vinho tinto.
Dá pra ser feliz nos intervalos.
É que de todas as zonas erógenas, a tranquilidade parece ser a mais produtiva. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Romanticuzinho 121



Quero fazer uma rima

Pra quando fico por cima

Um abaixo-assinado

Pra brincar de lado

E uma tese

Pra me esfregar de leve

Isso de dar pra ser escritora

É uma maravilha da porra




quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Politicuzinho 1



Vá pro inferno Cabral

Aproveita e leva o Paes

Mas é melhor tu ir na flecha

Que o retorno é de Jedi

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Romanticuzinho 120



Tua barba na minha virilha: oitava maravilha