segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 21)



Trate as melenas

Jogue na mega sena

Pule sete tsunamis


Só não se engane:

Afeto não é bumerangue

sábado, 29 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 20)




Se não chove

Na sua roseira

Deixa de bobeira  

E guarda essa coleira




sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 19)


Se hoje qualquer coisa te ensopa

Imagina na Copa



quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 18)



Cama é Sonrisal

Pra briga de casal

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 17)



Que Buscopan que nada

Pra mulher menstruada

O remédio é pirocada

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 16)



Coisas a dois: melhor não deixar pra depois.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 15)



Quem brinca com fogo

Normalmente quer de novo

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 14)



Esquece esse negócio de 'Nobody does it better'

O que não tem de ser nosso

É destroço

Já era

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 13)



Se pro outro tu te encontras no reino do tanto faz

Chegou a hora de dizer:

Sou eu que não quero mais

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Matemática da vida (para Keyna e Lucas)



Sob o signo de sagitário

Chegou Kalu

Alegrando o cenário

Sua missão é a mais linda que há:

Aprender a dividir e somar

Com a maninha Eloah

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 12)



Me chama de pastel

Me põe carne dentro

Só embrulha esse farnel

Que não é hora pra rebento

domingo, 16 de dezembro de 2012

Da série tomara que hai-kaia (parte 3)



Ei, você, deixa de ser careta!

Vai dizer que não sabe

Que eu escrevo é com a buceta?

sábado, 15 de dezembro de 2012

O que uma pessoa pode fazer para (ao menos) tentar se proteger dos emocionalmente confusos



.Relativizar declarações, quem muito diz às vezes pouco sente.

.Aprender a ler a mensagem subliminar dos convites.

.Entender determinadas insistências mais como carência do que qualquer outra coisa.

.Evitar perder tempo com exclusividades.

.Gozar enquanto for possível.

.Usar camisinha sempre.

.Dizer que ele(a) viajou pra Nova Deli quando seus amigos quiserem saber por onde anda aquele(a) figura.

.Nunca, em hipótese alguma, achar que o problema é com você. A loucura é de graça e muita gente tá atrás de um brinde nessa época do ano.

.Bater a porta sem olhar pra trás, que torcicolo só se corrige com RPG.

.Preparar o coração e a bucetinha/caralhinho pro(a) próximo(a), que vida é uma coisa que segue.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 11)



O começo do fim às vezes é só um sim.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 10)



Não se sinta um bosta se te deixaram sem resposta.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 9)



Sua popularidade baixa em mim se encaixa.

Da série romanticuzinhos (parte 8)



Passa esse protetor

Não seja desatento

Que arder é bom só por dentro

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 7)



Quem nasceu pra pirarucu nunca vai ser namorado?

domingo, 9 de dezembro de 2012

No Manual do Coração Partido Pós-Moderno ensina-se a: (pro Caneta, Lente e pincel)



Foto: Marcos Semola


. Afrouxar a gravata.

. Vestir a sinceridade com uma capa.

. Ir além do Segundo Caderno.

. Ter sempre um Plano B.

. Beber até esquecer.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O que um homem deve fazer para a mulher não ligar (ou não querer atendê-lo) no dia seguinte




.Passar o dia seguinte todo com ela. Quem está do lado não precisa de telefone.

.Brochar e se lamentar, sem dar chance prum segundo (ou terceiro) round.

.Falar que na semana que vem vai viajar pra outro estado, onde mora a ex-mulher.

.Dar em cima da roomate dela.

.Andar sem camisinha na carteira.

.Chupar buceta en passant.

.Comentar que tem uma relação muito conturbada com a mãe.

.Perguntar se dá pra reparar na careca ou na barriga dele, deixando claras as questões de auto-estima baixa.

.Em janeiro, querer saber onde ela pretende passar o Ano Novo.

.Pedir pra que ela troque de blusa, de calcinha ou de perfume.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Da série tomara que hai-kaia (parte 2)



Saudade é encher de ausência

O pote sem fundo

Da paciência

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Da série tomara que hai-kaia



Pro covarde

A verdade

Vem sempre tarde

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 6)



Independente da entrada

A cabeça erguida

É sempre a melhor saída

sábado, 1 de dezembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 5) ou pagar com visa de C. é R.



- Mulher otimista: Me vê um pacote de preservativos.
- Atendente da farmácia: A senhora tem preferência por marca?
- Mulher otimista: Qualquer uma extra large.
- Atendente da farmácia: Mais alguma coisa?
- Mulher otimista: Tem permanganato?
- Atendente da farmácia: De potássio?
- Mulher otimista: Sim
- Atendente da farmácia: um pacote?
- Mulher otimista: Isso.
- Atendente da farmácia: Mais alguma coisa, senhora?
- Mulher otimista: Não, obrigada, vou pagar no cheque pré, tá?

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 4)



Arrependimento é um pedaço de meta

Cercado de mágoa por todos os lados

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 3)



De todas as vitórias sem pódio

Quero que me apagues





sábado, 24 de novembro de 2012

Cinco tipos de email que já deviam vir apagados e seus respectivos comentários in english (ou flordelaranja também é cultura):



1) Informando que há  pessoas que você pode conhecer no twitter. (Really?)

2) Disponibilizando seis novas sugestões de painéis no pinterest. (Good for me!)

3) Perguntando se você quer encontrar amor. (Finally someone asked...)

4) Convidando pra conhecer o método de certa profissional das artes cênicas. (Jezz!)

5) Lembrando que cada um dos seus mil e novecentos amigos de todas redes socias das quais você faz parte estão querendo que você entre no Linkedin. (Don't...)


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Coalhada diferente (por Albano Paulo de Paiva) in memorian




Poliana, com seis aninhos, come o que der e vier
Por isso, a mamãe, com carinhos, consegue dela o que quer
Sua refeição primeira é um bom prato de coalhada
Que ela come, prazenteira, pois nunca reclama de nada

Mas um dia - coisa rara- a mamãe ficou surpresa
Poliana rejeitara a coalhada sobre a mesa
-O que há com você, mudando assim de repente?
Só pode ser uma coisa: com certeza está doente!

-Não, mamãe não tenho nada, estou pra lá de contente
Quero mesmo  é uma coalhada que seja feita de gente!
A mãe depressa retruca: filhinha, não goze de mim
Isso é uma coisa maluca, nunca vi coalhada assim!
-Mamãe, também achei graça, mas o titio não mente
Ele disse que a praça tava coalhada de gente.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

B.F.F. (pro Caneta, Lente e pincel)




Imagem: Pacha Urbano

Muito antes do surgimento da expressão ‘Best Friends Forever’, Mila e Josi, amigas de maternal, tinham essa coisa de contar tudo uma pra outra o tempo todo sem parar. Preocupados com a conta de telefone que só crescia, seus pais optaram por inscrevê-las nas mesmas atividades extracurriculares. Assim, fora história, geometria e alemão, as gurias compartilhavam aulas de hipismo, xadrez e ioga. Isso sem contar, naturalmente, com as viagens do grupo de escotismo nos finais de semana.

Aos dezessete, o grude das moças começou a preocupar. Afinal, em tantos cursos e atividades, nenhuma das duas tinha arrumado um namoradinho sequer, nem que fosse pra fazer presença nos bailes de debutante das primas mais novas. Muito pelo contrário. Quando tinham a oportunidade de levar um acompanhante, faziam questão de ir juntas, para dar aquele toque lesbian chic necessário a toda festa de família que se preza.

Long story short, passados uns anos, não dava mais pra negar o que era claro aos olhos. Além do mais, as moças já eram maiores de idade e não havia nada que as pudesse deter. Assim, as mães das meninas, mesmo sem paciência para as constantes piadinhas das amigas do clube, tiveram grande alívio com a saída do armário das filhas. Já os pais das garotas, esses tiveram apenas que evitar fazer sauna na companhia dos amigos reconhecidamente homofóbicos, em especial aqueles que aproveitavam o esfumaçado do ambiente para manjar a rola dos amigos reconhecidamente gays. Nessas horas é que a gente percebe como pros homens as coisas sempre parecem proporcionalmente mais fáceis.

Digressões à parte, tudo tinha meio que se ajeitado quando a menstruação de Josi atrasou. Ela, que sempre combina pulseira com colar, jura de pés juntos que não se esqueceu de tomar a pílula nenhum dia. Pra piorar a situação, estava grávida de um carinha com quem Mila tinha ficado logo após uma briga das duas, quando acampavam, num feriado de Páscoa. Foi mais ou menos assim: expulsa da barraca pela namorada na sexta-feira da paixão, Mila foi atrás de um colchonete para passar a noite e acabou ganhando de bônus um cobertor de orelha. Por um acidente de percurso, Josi flagrou os dois juntos e deu um ataque dos grandes. Desculpas aceitas e castigos aplicados, na Páscoa seguinte, mais precisamente no sábado de aleluia, Josi esbarra com o moço na praia, tomam uns drinques, ela pensa: ‘Se Mila provou, eu posso também’. Numa só tacada, os dois ficam grávidos e apaixonados.

Abandonada e sem chão, Mila precisou encontrar um meio para lidar com o fato de ter sido trocada por um cara. E o que era pior: por um reprodutor. Só dois meses depois da tragédia conseguiu ficar de pé, ligar o foda-se e passar a quinta, certa de que em algum lugar sua alma ia querer parar pra abastecer.

Pois sem tropeço (e mudança de endereço) ninguém faz estrada.

Nem tampouco anuncia novas temporadas.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Leminskiando 6 (ou ócio criativo i love u)



Perguntinha pro Paulo

E pro Domenico também:

Trabalhar no feriado

Ainda vai nos levar além?

sábado, 17 de novembro de 2012

Da série romanticuzinhos (parte 2)



Deixa os incomodados que se acomodem.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Da série fetiche-iche (parte 6)



É conversando que a gente se estende.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Da série fetiche-iche (parte 5)



Pra mulher sem frescura

Tudo que arde cura

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Da série romanticuzinhos



De bem apaixonados o inferno está cheio.

domingo, 11 de novembro de 2012

Just saying (ou desce pro play que é mais jogo)



Freezing me out

Não vai fechar sua gestalt

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Da série fetiche-iche (parte 4)



Boquete é uma arte

Se engasgar (my friend)

Faz parte

sábado, 3 de novembro de 2012

Da série Fetiche-iche (parte 3)



Não importa quem se assuste

Vida não é embuste


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Cinco coisas pelas quais (querendo ou não) acabamos esperando



1) Menstruação

2) Telefonemas

3) Massagens nos pés

4) Surpresas engarrafadas

5) Choques de desordem

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Da série fetiche-iche (parte 2)



Tesão é uma coisa

Que quando chega

Nunca mente

Feito capa da revista Veja

domingo, 28 de outubro de 2012

Da série fetiche-iche



O Ministério da Atitude adverte:

Se beber, não desça do salto.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Cinco frases de amigos que sempre paro pra ouvir (parte 4)



1) 'O ótimo é inimigo do bom'. Leonardo Paiva de Araujo

2)  'Homem, sempre que possível, a gente deve trancar'. Ana Paula Müller

3)  'Filhote de gato nascido no forno não é biscoito, é gato'. Zezé do Folclore (in memorian)

4)  'Vocês sabem que dentro do Big Brother existe uma voz de comando, né, gente?' Ana Lucia Enne.

5) 'Se o pelotão dos cagadores de regra aparecer por aí, pode falar que a culpa é sempre minha'. Vinicius Mak

...



Existe viagem de ida mais sabida do que uma boa duma lambida?

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Cinco estrofes musicais que servem de resposta pra muitas perguntas




1) Ainda vai levar um tempo.

2) Há um lado da alma em que me sinto só.

3) Now the drugs don't work, they just make you worse.

4) A sua beleza é bem maior do que qualquer beleza de qualquer salão.

5) Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Cinco frases de amigos que sempre paro pra ouvir (parte 3)





1) 'Só sei que nadar sei' Diogo Lyra

2) 'Na dúvida, mantenha o charme'. Eleonora Paiva

3) 'Quatro de julho: independe se dei'. Daniela Serrina

4) 'Pior do que não ter é não saber mexer'. Claire Feliz Mesquita.

5) 'Alguém sabe de um lugar que faça bainha de camisinha?' Paulo Bono. 




segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Cinco frases de amigos que sempre paro pra ouvir (parte 2)



1) 'Piroca não tem ombro'. Victor Melo

2) 'As árvores morrem de pé'. Alda Leonor

3) 'Se divertir com os errados tem limite'. Samantha Ribeiro

4) 'A escola é uma internet lenta de um site só'. Caito Mainier

5) 'Não crio expectativas, são elas que me criam'. Felipe Boaventura

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Cinco frases de amigos que sempre paro pra ouvir:



1) 'É muito apocalipse pra pouca era de aquário'. Alessandra Castañeda

2) 'Pra frente é que se ama'. Camila Marquez

3) 'Abafe the case'. Márcio Meneghini

4) 'Todo gosto é duvidoso'. Fausto Fawcett

5) 'Só Paris expulsa o frizz dos cabelos das pessoas'. Gisele Andrade

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Cadeia do prazer



BAR DA CACHAÇA - SEMANA DOS GRINGOS NO RIO- EXT - NOITE


Blogueira videomaker toma a saideira com amigos gringos enquanto devolve pro mundo o dinheiro que seus pais gastaram com anos de BRASAS.

Gringa - In Paris people live in the streets too but i agree with you: a city that accepts this kind of shit cannot be called 'Maravilhosa'.

Enquanto todos concordam, aproxima-se um rapaz e uma moça, que se dirigem à blogueira videomaker.

Rapaz - Oi, vi você na maratona Odeon LGBT e só queria te dizer que o que importa é a cadeia do prazer que acontece ali no reto, seco e ânus.

Blogueira videomaker- Poxa, que legal que vocês viram o vídeo.

Rapaz - Vimos e achamos bem didático.

Blogueira videomaker - Tá mais pra didaticuzinho.

Moça - Exatamente, estamos agora inclusive indo praticar um pouco, que teoria é bom, mas não faz ninguém suar.

Blogueira videomaker - Exatamente.

Rapaz - Foi um prazer, viu?

Blogueira videomaker - Boa sorte aí, galera.

Enquanto os amigos nativos riam, os gringos faziam cara de ponto de interrogação. Mais que rapidamente, a blogueira videomaker tratou de resumir a conversa.

Blogueira videomaker- I made a video with some friends and it was all about anal sex.

Gringo - That's sweet.

Blogueira videomaker- You have no ideia.

Gringa - Is it a documentary?

Blogueira videomaker- Kind of.

Gringo - Nice. We apreciate this concern to the ass.

E assim levaram aquela conversa a um fim, com a certeza de que foi bonito falar de cu em inglês.

Traduzido, ele fica até meigo.

A blogueira videomaker, pelo menos (isso posso garantir), foi pra casa se sentindo uma verdadeira dama.




quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Memórias de uma amizade inoxidável (pro Clube da Leitura)




Minha melhor amiga é quatro anos mais nova do que eu. Agora isso não faz a menor diferença, mas, na época em que nos conhecemos, ela era a criança virgem e eu, a putinha mirim. O fato é que, se soubéssemos que a vida nos traria tanta realidade, teríamos continuado a passar os dias entre piruetas e sapatilhas de ponta. A gente queria dançar no Momix, tanto que encostar o pé na orelha e fazer cara de que não tava doendo nada era nossa brincadeira predileta. Mas isso tem tempo, isso é dos idos que dieta se chamava regime, que só se beijava um homem por noite e que namorar dentro do carro era uma aventura possível. Uma época onde ninguém discutia se o tomate era orgânico e nem se a gordura era hidrogenada.

Bons tempos.

Já adultas, perdemos o contato. Mas a vida, sempre imbuída de sua falta de sentido, tratou de nos reaproximar de repente, numa viagem de reveillon, onde falamos de novas questões e de velhos medos como se não tivesse se passado nem uma semana. Àquela altura, ainda se beijava apenas um homem por noite, máquinas de escrever eram as melhores amigas dos poetas e a rúcula, tão amarga quanto linda, era uma verdura que simplesmente não existia. Um momento do mundo em que ninguém estava nem aí se o amor era líquido, sólido ou gasoso.

Bons tempos.

Depois disso, fiquei perdida e acho que ela também. Essa coisa de ter de ser bem sucedida, gostosa e simpática foi hardcore demais pro nosso rockezinho progressivo. Viramos meio hippies, usávamos saiões e acendíamos incensos em qualquer lugar, sem nenhum medo do perigo de sermos nós mesmas, ainda que isso significasse o caos completo. Nesse momento, ficou claro que regime era vida light, namorar no carro, perigoso e mudar de profissão após cada viagem a Ibitipoca, um puta charme. Uma era de extremos em que ninguém queria ir até o final do arco-íris atrás de pote de ouro algum.

Bons tempos.

Mais recentemente, munidas de celulares, passamos a preencher de interseções nossos círculos de amizade. Isso foi mais ou menos quando ficou antiquado beijar um homem só por festa, colocar filmes pra revelar e esperar telefonemas. Exatamente nesse ponto notamos que, apesar de muito vigorosas e gostosas, já não éramos mais tão meninas assim. Mesmo sem perceber, tínhamos completado quinze anos de amizade.

Bons tempos.

Agora ela está nos States. Lá ela é a brasileira gostosa, a exótica, a tesuda, mas sente falta daqui, do cheiro das risadas que só nós sabemos dar e do descompromisso das cervejas geladas nos bailes charmes da vida, onde dominamos a pista só no passinho. Não ter amigos por perto é duro, mas ela sabe que o privilégio dessa saudade é uma de nossas maiores conquistas. Além do mais, o que Deus uniu, o skype não há de separar.

Pra amigas feito a gente, nem os tempos ruins deixam de ser bons.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Palíndromo



Cansado de happy end?

Passa a nadar de trás pra frente

My friend

domingo, 16 de setembro de 2012

Riverside



Nostalgia

É a alegria

Disfarçada

De travessia