sexta-feira, 17 de julho de 2009

Na dúvida

O Céu não era de Suely nem de brigadeiro

A Lua não era nova e nem tampouco transbordava de cheia

O Sol, que já não estava muito a fim de brilhar mais nenhuma vez, aproveitou para burocraticamente adiar a volta aos palcos

Por mais incrível que pareça, nem é por isso que o mar de seus olhos, cansado de tanta tsunami, ainda não perdeu o medo da ressaca

Na dúvida, achou melhor esperar que inventem um engov para almas dormentes

7 comentários:

Paulo Bono disse...

Prosa em versos.
Não é pra todo mundo.

abraço, paiva

Morango sem chantilly disse...

Sexta à noite engov cai bem... preciso de um para alma tb. A minha anda muito escovada.

M. disse...

se eu tivesse triste hoje, tinha chorado.


marejei.

Marina disse...

vc tá foda, nega. ai que bom que é minha amiga!

Srta. Rosa disse...

Muito bacana o estilo, moça! Você conhece o blog do Mané Sagaz? Acho que é blogspot. Ele curte micros assim também.
Você arrasou. Adorei!

Besos,

Fábio Ricardo disse...

engraçado isso... senti por um momento que fugias ao estilo q te é peculiar.
E foi aí que, numa frase final e certeira, dissestes que és tu a autora.

Juju disse...

"engov para almas dormentes"

vc é designer de interiores humanos!