Essa coisa de ano novo vida nova é uma balela que, mal ou bem, acabamos comprando junto com o peru, as nozes, as uvas e as calcinhas vermelhas. Com Jane não foi diferente: parou de fumar, começou a beber de forma careta e resolveu cuidar mais do que bota pra dentro, seja a comida propriamente dita ou as pessoas do sexo oposto.
Dessa forma, sem falar nada pra ninguém, começou 2009 analisando os passos dos moços que a assediaram em 2008, desde os que lograram êxito até os que ficaram na mão, seja por falta de oportunidade ou por pura inabilidade. Tudo sem mágoa e com afeto, porque, afinal de contas, as pessoas são o que são e dão o que tem.
A coisa está sendo tão eficiente que, pelas suas contas, até dia 20 de janeiro terá anunciado seu veredicto: quem fica e quem sai de sua lista de afetos e quem pode algum dia ganhar seu coração.
Olhando assim, parece até que Jane está à busca de um Tarzan, mas que nada. A única coisa que deseja é um cara que beije dignamente, que saiba onde botar as mãos, que chupe buceta sem ter que ser requisitado para tal e que não tenha medo de intimidade, nem tampouco de andar de mãos dadas. Porque a era dos hermetismos angustiados, pra ela, já acabou. Chega de homem que só é afetuoso quando quer algo em troca. Chega de gente que tem namorada, ou casos, ou rabos presos. Chega também dessa coisa de não estar a fim de se abrir, nem de falar sobre este ou aquele assunto. Porque, cá pra nós, melindre e mau humor são tão cafonas quanto calças semi-bag.
E assim, decidida como um centro-avante, foi ticando sua lista sem alarde. Tanta terapia tinha servido para fazê-la perceber que somente quando nos livramos de velhos hábitos é que podemos abrir espaço pro novo. Só mesmo esvaziados é que observamos com entusiasmo o que está ainda por vir. Na realidade, esse exercício nada mais é do que uma arrumação interna, uma reorganização de interesses, uma espécie feng shui sentimental. Ou bucetal, como queiram.
E, do jeito que a coisa vai, é capaz de no carnaval a moça já estar namorando.
Porque, afinal de contas, quem não chora não mama.
Dessa forma, sem falar nada pra ninguém, começou 2009 analisando os passos dos moços que a assediaram em 2008, desde os que lograram êxito até os que ficaram na mão, seja por falta de oportunidade ou por pura inabilidade. Tudo sem mágoa e com afeto, porque, afinal de contas, as pessoas são o que são e dão o que tem.
A coisa está sendo tão eficiente que, pelas suas contas, até dia 20 de janeiro terá anunciado seu veredicto: quem fica e quem sai de sua lista de afetos e quem pode algum dia ganhar seu coração.
Olhando assim, parece até que Jane está à busca de um Tarzan, mas que nada. A única coisa que deseja é um cara que beije dignamente, que saiba onde botar as mãos, que chupe buceta sem ter que ser requisitado para tal e que não tenha medo de intimidade, nem tampouco de andar de mãos dadas. Porque a era dos hermetismos angustiados, pra ela, já acabou. Chega de homem que só é afetuoso quando quer algo em troca. Chega de gente que tem namorada, ou casos, ou rabos presos. Chega também dessa coisa de não estar a fim de se abrir, nem de falar sobre este ou aquele assunto. Porque, cá pra nós, melindre e mau humor são tão cafonas quanto calças semi-bag.
E assim, decidida como um centro-avante, foi ticando sua lista sem alarde. Tanta terapia tinha servido para fazê-la perceber que somente quando nos livramos de velhos hábitos é que podemos abrir espaço pro novo. Só mesmo esvaziados é que observamos com entusiasmo o que está ainda por vir. Na realidade, esse exercício nada mais é do que uma arrumação interna, uma reorganização de interesses, uma espécie feng shui sentimental. Ou bucetal, como queiram.
E, do jeito que a coisa vai, é capaz de no carnaval a moça já estar namorando.
Porque, afinal de contas, quem não chora não mama.