
Encontrei Tia Lúcia na rua ontem.
-Oi, filhinha, tudo bem?
-Tudo, tia, e as meninas, vão bem?
-Tudo ótimo, cada uma num canto do mundo, aquela coisa.
-E o tio?
-Tá bem, aposentado, seguimos firmes, unidos.
Antes que eu pudesse emendar algum outro assunto, ela veio com a história de sempre.
-Não posso te ver que me lembro de você pequenininha lá em casa, contando uma piada atrás da outra, o centro das atenções.
-Sempre fui aparecida, né?
-Todas as meninas iam cheias de lacinho no cabelo, mil balangandãs e você com um shortinho, um tenizinho e uma camisetinha sem manga.
Tia Lúcia é uma mulher fina, sempre foi. Não mencionou que meu cabelo era uma ode ao Jackson Five e nem que meu shortinho era herança dos irmãos mais velhos.
-Bons tempos, né, minha queridinha...
Concordei por concordar, mas acho que eram mesmo.
Foi com Tia Lúcia que aprendi a gostar dos domingos, pois ela fazia questão de me incluir nos programas culturais infantis da família, sempre encerrados com sonho de doce-de-leite na padaria da esquina de casa.
Como uma lembrança puxa a outra, me veio a imagem de mamãe agora.
-Polianinha, querida, larga esse limão!
-Eu gosto dele, ele é meu amigo.
-Sim, filhinha, mas você já chupou ele todo, dá pra mamãe jogar fora, dá?
Passei a infância assim.
Engraçado que, de certo modo, continuo a mesma:
Uma cabeluda aparecida, entre limões e sonhos.
-Oi, filhinha, tudo bem?
-Tudo, tia, e as meninas, vão bem?
-Tudo ótimo, cada uma num canto do mundo, aquela coisa.
-E o tio?
-Tá bem, aposentado, seguimos firmes, unidos.
Antes que eu pudesse emendar algum outro assunto, ela veio com a história de sempre.
-Não posso te ver que me lembro de você pequenininha lá em casa, contando uma piada atrás da outra, o centro das atenções.
-Sempre fui aparecida, né?
-Todas as meninas iam cheias de lacinho no cabelo, mil balangandãs e você com um shortinho, um tenizinho e uma camisetinha sem manga.
Tia Lúcia é uma mulher fina, sempre foi. Não mencionou que meu cabelo era uma ode ao Jackson Five e nem que meu shortinho era herança dos irmãos mais velhos.
-Bons tempos, né, minha queridinha...
Concordei por concordar, mas acho que eram mesmo.
Foi com Tia Lúcia que aprendi a gostar dos domingos, pois ela fazia questão de me incluir nos programas culturais infantis da família, sempre encerrados com sonho de doce-de-leite na padaria da esquina de casa.
Como uma lembrança puxa a outra, me veio a imagem de mamãe agora.
-Polianinha, querida, larga esse limão!
-Eu gosto dele, ele é meu amigo.
-Sim, filhinha, mas você já chupou ele todo, dá pra mamãe jogar fora, dá?
Passei a infância assim.
Engraçado que, de certo modo, continuo a mesma:
Uma cabeluda aparecida, entre limões e sonhos.
8 comentários:
menina, igual a yuna: cabeluda e chupando limões...hj ela teima em dizer que não, mas qdo era pequena adorava..rhahahahhahaha
é cada uma que me parece duas!
mais um texto fodão, hein?
amo!
Nossa, como vc tem a manha de escrever, moça. É tão leve e fácil de morder! Gosto muito dos seus escritos. Não é a toa que está linkada lá em casa há algum tempo.
Um abraço.
Emocionante.
entre maracujá e brigadeiros.
é ainda somos os mesmo.
orgulho ni vc.
uma cabeluda aparecida que não tem nada de inha. É totalmente ÃO.
saudades suas gata.
beijos
chupando limões? só vc!
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